quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O dia seguinte


Desmotivada, ela abria os olhos sem nenhuma pressa. Lembrava-se do dia anterior não sabendo se havia sido um pesadelo conturbado, ou se na verdade tinha sonhado todos os tão coloridos e roteirizados dias antecedentes. Resolveu abandonar tais pensamentos e observou todo o cenário ao redor ainda escondida no calor dos lençóis. Em meio a tantas dúvidas e aforismos de teor melancólico, finalmente conseguiu encontrar alguma certeza naquela manhã:

Estava acordada.
Ou pelo menos já não sonhava mais.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Divagação de curto alcance


Tempo que cria, arquiteta, norteia, e mata. Faz cor e descolore. Relativiza e insinua certezas. Aos espertos deposita esperança, reservando a angústia apenas pra quem é muito ingênuo pra pensar sobre ele. É mestre de controversas clichês, ainda que seja belo e invisível.

Não se pensa sobre o tempo. Deixa-se morrer por ele, permitindo-se viver todas suas momentâneas belezas. Quanto a primeira parte não temos escolha. Desfrutemos da segunda então!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ensaio sobre algo mais


Eles eram amigos, ou algo mais. Curiosidade era o que havia demais. Em ambos! Dois curiosos que não se reconheciam. Eis que se cria o confuso e óbvio conflito da amizade entre um homem e uma mulher. Uma história já sabida por todos, mas nunca enxergada quando se faz parte dela.