Havia o céu nublado, mas não era o bastante. Embora adorasse aquele costumeiro vento de noites frias que entrava pela sua janela, preferiu fechá-la para ver se encontrava algo melhor. Todas aquelas nuvens tão armadas e monocromáticas o entediavam.
Ao seu redor, uma bagunça pessoal que alguns meses de viagem o faziam recordar de cada detalhe com alguma saudade. Agora olhava para todo aquele caos e só conseguia pensar no trabalho que terá em organizá-lo no dia seguinte. Lembrou que já era madrugada, embora insistisse em acreditar que ainda era domingo.
Virava-se para janela novamente. Nuvens, prédios, e postes iluminando um vazio sem rumo. Ainda molhado, o concreto brincava de ser espelho. O som solitário de pneus sobre o asfalto soava como um raro detalhe que dava beleza àquela noite nebulosa.
Mas não queria o som.
Queria o horizonte.
Hoje, tomado por nuvens pesadas que não tinham a pretensão de sumir.
De repente as estrelas pareciam fazer falta naquela noite. Afinal, após tantos meses de viagem e com uma segunda-feira batendo a sua porta, tudo o que queria era ter algo distante para onde olhar.
Queria o horizonte.
Hoje, tomado por nuvens pesadas que não tinham a pretensão de sumir.
De repente as estrelas pareciam fazer falta naquela noite. Afinal, após tantos meses de viagem e com uma segunda-feira batendo a sua porta, tudo o que queria era ter algo distante para onde olhar.
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