terça-feira, 6 de abril de 2010

As meias palavras


Converso com você, não mais olhando para seus olhos, mas para a folha verdejante que acaba de cair, ou para seu reflexo obscuro na poça d'água que você pisa sem notar, formada pela chuva que se pendura em forma de um inocente e venenoso chuvisco. O assunto de nossa conversa eu jamais vou saber qual foi ao certo, pois tudo o que queremos dizer está nas palavras ditas por um calculado deslize, ou mesmo naquelas que nos convém esquecer-se de pronunciar. Entre pausas e silêncios, é formada uma carta em outra língua, de palavras traiçoeiras e argilosas, que já me canso de não entender. Sou fatigado por suas fachadas de dóceis palavras, e paredes frias concretizadas por atos.

Um exausto não entendedor. É isto, e apenas isto, que hoje prova do veneno deste inocente chuvisco.

4 comentários:

  1. "Um exausto não entendedor."

    Foi assim que eu me senti ao acabar de ler seu texto. Não aceite isso como uma crítica malvada.. sahuiaso'
    É que pareceu - me proposital a confusão que eu senti ao ler, era assim que o eulírico se sentia, não? .-. shuaihisaoshaoisuh'
    Tá, eu viajei na batatinha. Sendo ou não proposital, eu gostei, pô (:

    Textos descritivos são o que há *-* invista nisso (y) UHUL :D
    sahuiasohuasoi
    beeijos thi :*

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  2. entao, como eu disse...
    ficou mt bom, thi :D mesmo textos assim nao sendo seu ponto forte ! sahieauieas
    gostei gostei :D

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  3. eu queria mesmo saber no que pensou para fazer esse, me deixa um tanto intrigada toda vez que leio ;x

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  4. mas enfim... você sabe que você é PHOOODA nisso né; ♥

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