segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A memória de um feriado fatídico


No dia 15 de novembro de 2008 Luis Alberto de Nascimento era morto num assalto. Dois dias antes, eu lhe havia desejado um bom fim de semana. Dois dias depois, um colégio dava as mãos em sua homenagem. Era dor o que sentíamos, e não tínhamos ideia de quando aquilo iria passar.

Foi no dia da Proclamação da República que eu e todas as pessoas próximas a Luis aprendemos que o poder do gatilho está muito além do ferimento. A dezenas de pessoas, um único tiro trouxe raiva, revolta, tristeza e impotência. Sentimentos que se penduraram dias, semanas, meses... mas, felizmente, não anos.

De todos que conheciam o Luis, quantos ainda se lembram do que aconteceu no dia 15 de novembro de 2008? Provavelmente, fora aqueles que leem meu blog, apenas sua família.

O fato das pessoas terem esquecido esta data não deve ser encarado como algo ruim, pelo contrário! Isso  não significa que a memória de Luis caiu no esquecimento, mas sim que ela finalmente foi desassociada ao que sentimos em sua morte.

Ao lembrarmos do Luis não devemos sentir toda aquela dor novamente, mas sim relembrar as boas recordações que ele nos causou em vida. Sua lembrança é o que ainda lhe mantém vivo entre nós. Não façamos isso algo desagradável. 

"Uma pessoa não morre enquanto estiver viva na memória de alguém"
Carlos Ruiz Zafón 

Como já foi dito várias outras vezes, este blog é uma homenagem a Luis Alberto de Nascimento. Quem sabe assim possamos mante-lo ainda um pouquinho mais vivo entre nós.
 
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3 comentários:

  1. Ao lembrarmos do Luis não devemos sentir toda aquela dor novamente, mas sim relembrar as boas recordações que ele nos causou em vida. Sua lembrança é o que ainda lhe mantém vivo entre nós. Não façamos isso algo desagradável.

    Por que eu me emociono quando leio alguns textos seus??

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  2. Quando eu me machuco na ed. física, me lembro dele, de vez enquando me lembro daquele sorriso branco e sempre aberto ;x Belo texto. Gostei pra valer (:
    Beeijos, Thi :*

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  3. Nossa, nem parece que já foi um ano inteiro. Ainda lembro quando ele pedia minha camiseta preta do JIRO que ele taaaanto amava :') bom texto thi.

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