Sinto pena é dos grandes atletas, que têm sua derrota repercutida e comentada por todos aqueles que sequer viram sua preparação. Já não bastasse a culpa que sente dentro de si, que o consome por dentro como uma lâmina que funciona a partir de seus pensamentos, ainda terá de aguentar todos aqueles dedos apontados carregados de analises e tira-teimas dando luz a suas falhas. Uma a uma.
Muito suor caiu de seu queixo naquele fatídico dia, e quem sabe não tenha sido alucinação sua ter visto sangue naquela última gota, mas de que isso importa? Isso só torna sua vitória ainda mais distante, pois apenas provou que superar seus limites não é o bastante. O impossível para ele era alcançável para os demais.
Ao menos consolo não deve faltar a grandes atletas, mas isso não alivia sua dor de forma satisfatória. Não que o ombro amigo seja inútil, mas a grande e amarga ironia da derrota é que o consolo dói, mas pensa-se que sua falta seria ainda pior.
Talvez ele tenha aprendido algo mais do que suportar dores naquele dia, mas ele não saberá hoje. No dia do fracasso não há aprendizado, há apenas o fracassado.
Ótimo texto, Thi.
ResponderExcluirRealmente, falar, apontar e criticar é muito fácil. Reconhecer o talento, nem tanto.
Beijinhos :*